17 julho, 2008

Do morticínio trivial


Não, não, não é a ficção
a vida assim não se imita,
não há arte que a reflita,
em qualquer dimensão.

o tal "caminho do bem",
sempre o mais pedregoso
e duro que a facilidade
de uma bala na contra-mão.

não é das sombras
que pode surgir algum medo,
que apenas sombras são,
é das mãos armadas
da inocência desacreditada
a quem desimporta
o mais que a vida valha

não é sombra a palmilhar
o caminho da maldade
nem será da noite o receio
se é ainda tarde em meio
apenas hora do recreio

nem natural nem medo,
banalização da violência
da desvalia da vida,
a não essência
como é a guerra, sem senso
É, pois, dela mesma que se trataria.

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