05 agosto, 2008

Iracema é uma rosa sem espinhos que não cresce em Hiroshima e Nagasaki




Há uma rosa sem espinhos de nome Iracema cultivada no Ceará.
Quando nasci no Piauí, perto dali, as rosas tinham espinho,
O inferno já havia sido demonstrado há sete anos a todo o planeta.
Chama-se Iracema a rosa aparecida suave e bela como a de Alencar.
Eu nada sabia de qualquer verdade. Nem de deuses ou do capeta.
Iracema não fere quem a cultive e colha, nem quem a ofereça ou receba.
Já sei que o inferno é criado na terra e dizem que são os outros.
Produzido pelo homem, que te engana, e a rosa mesma não ama.
Ele ora a deuses dele semelhantes antes de lesar a humanidade
Ele desconhece a suavidade da rosa sem espinhos, ele a pisoteia, sequer sabe o nome dela, que se deixa colher sem ferir, a que vai fenecer embelezando.
Ele faz acordos e contas em segredo de quanto vai lucrar antes de matar e destruir para reconstruir e mandar.
Centenas, milhares de pessoas outras, em um clarão só.
Hoje ainda é quem planeja e manda executar as façanhas.
Grotescas, ferazes, de modo que até se orgulha.
Capaz de fazer a guerra em nome da paz à força imposta.
É certo que não ama as rosas. Nem conhece Iracemas.
Os imolados no holocausto dessa paz não viram Iracema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário no post. Seu retorno ajuda a melhorar a qualidade do meu trabalho.
Se você não é inscrito no blogger, clique em anônimo e deixe um nome ou endereço para contato.

Twitter Updates

    follow me on Twitter