28 setembro, 2009

Sinto!




É indomável e irresistível.
Já estás comigo, acordado
Sendo à noite tão sofrível
Assim o coração lesado

Ainda insone e cambiante
Uns trapos no chão atirados
Pedaços do coração definhado
Domina-me o anseio de vê-la

Não nego querer, nem posso tê-la
Mesmo aninhada em meu peito
Como se guardasse um tesouro
Fosse à cravelha de ouro encerrada

Mas posso dizer que padeço
Se destarte não a deslembro
E afirmar sobejo amor

É meu jeito esse modo sem cor
De alienada destemperança
Amar em esperança e tanta dor.

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