10 agosto, 2007
És a mulher que fostes, és também o vento à tarde
Voltastes com o vento
Percebo-te nele,
Então não te fostes
Para sempre não existe,
se vens sempre com o vento
Reencontrei-te ao fim da tarde
Quando o sol já não mais arde
E as nuvens, antes figuras inéditas
Assumiram os teus perfis
A ti que me visitastes no vento
Digo que te encontrei também assim
É meu alento, que não te perdi
Reencontrei-a no limiar do horizonte
Quando noite ainda não era
E tu, tão apenas vento
Deixou de ser quimera
E novamente tornou-se a mulher
Que mais amou filhos que não tivestes
Filhos que sequer eram teus
- São crianças, são também minhas!
Dizias sem falar,
Porque sentias e assim a víamos
E amou tanto porque nos amava
Tanto, que me perguntava
Onde tamanho amor encontravas?
E, sem respostas tuas, sei agora, como antes adivinhava
É que a medida do amor aumenta à quantidade que se ama
E esse, de mulher generosa que te destes,
Para a vida que fazias tão doce,
Sobrou-me à sobeja para eterna lembrança
Amiga, sou feliz por ter te conhecido
E tenho também muito carinho por ti
Quando meus filhos perguntarem onde estás
Como te senti há pouco, onde estavas
Emprestarei do poeta a figura que nos ensinou
Estás com o vento, vens com o vento
Estás conosco, viva, em pensamento
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"É que a medida do amor aumenta à quantidade que se ama..."
ResponderExcluirUma linda homenagem transcritas em palavras repletas de sentimentos.
Encontrei seu caminho através do literar.org
Beijos de Sol e de Lua.
Grato pela visita e generoso comentário, Bruxinha.
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