09 agosto, 2008

Mais que nunca... é preciso cantar

Agência Reuters/detalhe da foto

Se não escrevo, quase mais nem respiro.
Se respiro, é porque escrevo.
Em um canto, em um recanto, em meio à multidão.

No silêncio indecente dos não-inocentes,
ou na explosão das bombas não-democráticas
que nunca caem sobre a casa dos poderosos,
e costumam destruir as cidades operárias,
nas fábricas ou prédios de escritórios

estes em horário de trabalho de imigrantes,
jamais as mansões, as dachas,
os castelos dos impérios em quaisquer tempos.

E se os poetas se recolhem,
as bombas e os tiros não
que razão terão para cessar?

Os que disparam os gatilhos
ou aqueles que apertam os botões,
esses não cantam o amor,
tripudiam o altruísmo
pisam a flor, dão vivas ao egoísmo


Na abertura dos jogos de Beijing um menino de 5 anos à frente da delegação chinesa.
Ele estimulou sua turma de escola a cantar, e cantar alto, e sempre, para que os bombeiros que viessem em socorro das vítimas do terremoto os ouvissem sob os escombros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário no post. Seu retorno ajuda a melhorar a qualidade do meu trabalho.
Se você não é inscrito no blogger, clique em anônimo e deixe um nome ou endereço para contato.

Twitter Updates

    follow me on Twitter