15 março, 2009

Nadas aflitos tornados coisas róseas

Foto de Rosane Scherer



Confesso! Toda vez esperança perdida
Vem renovada de tua presença sentida
E ausência tornada peso, pluma desliza

Convenhamos: é uma grande sorte minha
tê-la próximo, inda distante, equidistante
vê-la em meio a meus lençóis, adivinhas.

Jogo búzios por apenas jogar e retornam
mais sortes que falta de sorte, que sorte
a minha de tê-la tanto... menos bastante

dia, creio, sobrevirá em que faremos festa
tanta festa, mas tanta festa faremos essa
vez que não sobrará desinfeliz para chorar

amor, o desamor acabará em toda a terra.
querida, amada, suspiros de varar hão
todas as auroras, desde a tenra noite

por todas as madrugadas até que sejam
coisas os nadas aflitos dos nossos dias
tornados azuis, de as tempestades.

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