04 junho, 2009

A meio caminho do rumo necessário

Não me ufano por ter feito as necessárias batalhas
Com parte do povo, contra as injustiças.
Se há conscientização é o que se faz.
Disputado o ponto de vista dos abaixo do poder
Nem me compraz terem tantos caminheiros
Se embrenhado pela senda da desonra.
Porque campeia a busca hedonista, o dinheiro.
Aparecem apagados os caminhos trilhados
Lamento deixar ao futuro mundo pior que o sonhado
A derrota de tantas utopias, até do possível,
Nem só as por mim acalentadas.
Não nego ser parte dos degraus desta escalada
Não reluto em reconhecer que ainda há crimes
Mesmo que tenha presentes circunstâncias e limites
Mesmo o tamanho da própria impotência
Não desisto de a eles dar combate devido
Não se volta atrás, mas se lêem os feitos.
Eis que o tempo requer igual pesca em turvo
Recomeço, sem peias dos erros, que é humano.
Inda o mesmo modo de construir o futuro
Desfazer malfeitos, refazer a solidariedade.
Resta muita descuidada desoneração
Da maioria por suas íntegras verdades
Cabe transformar o cansaço e a fragilidade
Em amor, persistência pela fraternidade.
Impedir os triunfos das nulidades no porvir
Ter no altruísmo razão para a existência

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