31 janeiro, 2013

O NÃO



I
Te amo e mais 
não sei que farei
por tanto amar

(recorro a Vinícius de Moraes)

"...Se você quer ser minha namorada
Ai que linda namorada, 
Você poderia ser..."

Não saltei do décimo pela janela
como não pulou a moça aquela
que foi comer bolo de amoras,
e o disse em canção singela

II
Isso, entre nós,
tal entre o sol e a lua, 
pode ser um nunca,

ele trabalha, ela dorme, 
acorda ela pro destino,
ele se consome alhures 
em paixões e desatinos

Um aparente encontro, 
apenas por outros visto, 
desde muito perto... 
desencontros se revistos

ambos longe, longe, tão longe 
um quase lugar algum. O não.

III
Na imensidão de universos, 
nos une nossos versos, já
estou contigo, num zás.

(de novo recorro ao poeta)

És "a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois..."

E te beijo, te abraço, te beijo, 
abraço, beijo, abraço, 
beijo, abraço e beijo, 
até o aparente cansaço.

IV
A poeira cósmica nos revela
e o amor louco tanto desvela

Se te vais, vou contigo
e te beijo, te abraço, te beijo, 
de dia e à noite. Estilhaço.

Perdoa, amada se fui contigo
e deixei meu corpo na sala 
É que assim voa minh'alma
que do teu amor carecia

Se dormes tranquila, estou contigo
sonho eu acordado, sonha comigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário no post. Seu retorno ajuda a melhorar a qualidade do meu trabalho.
Se você não é inscrito no blogger, clique em anônimo e deixe um nome ou endereço para contato.

Twitter Updates

    follow me on Twitter