19 julho, 2007

Vidas Findas em Congonhas

poema de Juliaura Bauer postado dia 18.07.07 no sítio Overmundo

Na sucursal do holocausto
O terror explode em terra
O horror vem pela tela
O pavor estala no ar
O fogaréu lambendo as almas
Na ante-sala do inferno
A angústia da espera da certeza
Uma réstia ainda acesa de esperança já sem fé
A agonia, a aflição, o desespero a dor
Ritmada por uma dor ainda maior
A formalidade do birô
A vexatória alegação do nada
A pessoa querida jaz morta
A pessoa em choque frente à tropa
Num frio saguão de embarque sem vôo
Uma ida sem vinda de vidas findas
Eu choro, eu choro, eu choro porque dói

3 comentários:

  1. Poema belo e triste. Belo de doer.

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  2. Essa minha cria, Silvino,
    Quase adoece, de tão que doeu.
    Agradecido pela tua visita.

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  3. "O horror vem pela tela". É, vem. Mas não vem para os olhos, vem para o coração.

    Muito sincero.

    Parabéns à sua cria.

    Beijos,
    Juli =)

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