18 agosto, 2007

Agradável convívio de quem escreve e lê



Conversa com a pessoa que lê é um precioso achado para mim. Tem sido, sim, como pensado inicialmente, uma forma de divulgar meu livro para a venda, já que é uma edição de autor e a distribuição sou eu mesmo quem faz. É, no entanto, além desse instrumento eficaz, que a cada encontro promove a venda de cinco, dez, 15 exemplares até, uma conversa gostosa sobre como cheguei a escrever a história, como se construíram as personagens dela, como as pessoas que já a leram a estão recebendo.
O entusiasmo das pessoas sobre esse processo de criação, edição e distribuição da minha primeira novela, O dia do descanso de Deus, só não é maior que o meu, que aumenta a cada novo encontro.
E eu tenho aprendido um pouco mais sobre a importância do ato de ler, que já sabia de Paulo Freire nos dizer que é uma forma de perceber o mundo.
É também uma forma bonita de conhecer pessoas que estão no mundo para o bem, que dele querem o que pode propiciar de melhor, que é uma vida simples, de amizade espontânea e sincera entre pessoas que acabam de se conhecer ou mesmo de intensa apreciação em que se re-significam e melhoram as próprias antigas amizades e laços outros de relações.
Nessa caminhada que iniciamos em junho leitores e eu, a mais recente ocorreu na Biblioteca Comunitária mantida pelo Clube de Mães do Bairro Cristal, no dia 16 de agosto último. Um encontro mais ainda positivo porque com pessoas que também escrevem e publicam.
Uma conversa amigável, curiosa e elucidativa sobre os processos de criação de todas nós, as pessoas que escrevemos e lemos. Nem chá com cuca e bolinhos faltou, numa verdadeira academia de escritores que se sabem mortais e, com certeza, pessoas comuns e iguais em direitos de ler o que queiram e escrever e divulgar o que pensam importante para si e para as atuais e próximas gerações.
Tanto que o Clube de Mães do Cristal, já tendo recebido o Prêmio Açorianos de Literatura por incentivo à cultura na cidade de Porto Alegre, também produz publicações de registro das histórias da vida do Bairro Cristal, através da linguagem de fotonovela na publicação Memórias de um lugar.
Também encena peças de teatro a partir de roteiros próprios, promove a convivência através da leitura por contação de histórias para crianças e pessoas com deficiência na própria Biblioteca Comunitária ou em vilas populares próximas dali a que o acervo dela é levado por associadas apoiadoras, militantes solidárias à causa da leitura.
E ainda promove e mantém na própria sede, da rua Curupaiti, 915, oficinas de artes diversas para públicos de todas as idades.
Agradeço entusiasmado o carinho da acolhida do Clube de Mães do Cristal e ao coletivo do mandato da vereadora Margarete Moraes que proporcionaram aquela tarde de encontro em que, nem frio, nem chuva fina intermitente impediram três dezenas de pessoas de estarem em lugar tão adequado para uma emocionante, agradável e estimulante tarde de boa prosa.

3 comentários:

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  3. Olá!
    Linkei o seu BLOG em

    http:lilianmello.blogspot.com

    por achá-lo simplesmente INCRíVEL!
    Um abraço
    Lilian Mello

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