24 outubro, 2007

Notícia do dia. Aquentada como o diabo que a cria


Consumir-se em consumado fato
Entregar-se ao malfadado no ato
Deixar-se perder por aflição
Faria o que de si não fosse a provisória ilusão?

Vertendo um sangue de outra classe na veia
Fina enfastiada deixo-a inda mais paupérrima
Famigerada e açulada sanha subindo
Ruelas trocadas por elevadores e sacadas

Dão cobertura às coberturas
Aos flats engordurados de pó
Empoeirados de fumaça
Enfumaçados de brilho

Em brilhantes bizarrices desatinadas chafurdam
Ao vulgo as pechas da violência emprestam
Não julgo que se pejem, que nada prestam...
Nem justiça alguma os julga – que ainda a comandam

São quem fazem a cegueira dela
E não se ferem com a própria espada
Balança aferindo e conferindo fardos
Esparramados em pó por becos e ruelas

As burras tantas cheias e fartas
A falta do que ter revolta e assalta
A fome besta não matará
Que tem a canga por sobre a cabeça

Outros cantos de outubro ainda virão

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