29 maio, 2008

Arte e estranhamento

Gabriela Vieira Xavier, bailarina, dança domingo, dia 1º de junho, no Auditório Dante Barone da Asembléia Legislativa do Estado, às 18h30min, com a Escola de Ballet Elisabeth Santos, responsável pela direção e coreografia da mostra de trabalhos.



A qualidade do que se faz em arte, mais que tentar encontrar sentido, o belo ou a utilidade, que em alguns feitos há essa motivação, é que produza estranhamento, por ser arte, por incluir-se no mundo como novidade, como o antigo revisitado com reposicionamento do sentido, do significado, do original, ainda que aquilo antes original sentido tivesse ou funcional fosse.
Há opostos, contrários, em movimento constante, até de superação, não causalmente apenas anatagônicos, que antes foram até conhecidos como dialéticos.
E, sabe-se há muito, nem toda revolução é progressista, nem todo progresso é revolucionário; portanto, que não se desconheçam os antagonismos... seria estar no mundo sem saber para que, circunstância imperdoável a uma pessoa, a alguém que se pôe em frente a outros para elevar-se a condição humana, um desisderato que nos aproxima e deveria ser mais comum a mais gente.
Os opostos e a incondicional identificação deles, sem a reprimenda ou a recomendação da adesão a qualquer, produzem esse estranhamento.Ainda que de um modo sutil, singelo, elegante e de extremo bom gosto.
Elevamo-nos porque nos dispomos, a partir do estranhamento, a entender que há na vida, e nos outros, significados distintos do que nos mostra o próprio espelho.

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