23 maio, 2008

Roda cigana


Antes que tarde
E na undécima hora,
antes que tarde
voltas a mim.
Entristecida, parece, estás,
sem poema n'alma
por razões mundanas,
que anjos não
se deixavam antes perturbar
mas é também tempo
de refletir
de repousar
dormir
sonhar
que amas
quem amas te visitará
em acalanto a te ninar
por certo que assim será
---
Sim sei, Oh mulher, que bem descreve,
com lirismo o que queira.
E, por acaso, da minha lavra,
lirismo tão somente não o era?
E se assim o fosse, por isso
nem menos expressão verdadeira.
Palavra minha, acredita, se queira.
---
Estando eu aqui, mas lendo o que escreves,
estou também aí, posto que bem descreves.
O lugar, o momento e, lamento, a solidão e o
desejo. Isso não posso ainda...
Espera!
Espera!
Olha aquela estrela lá!
Sou eu quem já vai aí estar.
...
Falar da chuva e do vento é do poema falar.
Que o vento espalha a semente e a chuva,
ah, a chuva a faz brotar.
---
Um amor assim indelicado
preguiçoso e pasmacento,
é nem amor, que já passado.
Amor com jeito de amor
arromba porta e janela
se afirma ela sobre ele
Ele sobre ela, ambas
feras em cio sismadas
pelo brio das eras
É apenas amor, inteiro
sem qualquer mote,
arremedo, ou mensageiro
Será definitivo até a morte
com um pouco de muita sorte

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