19 dezembro, 2008

Vale o escrito!

Vez por outra resta o espelho

Não vejo a culpa se há o feito.
No máximo, rala falta de jeito.
E já na grafia nova, escorreito


(Do poeta Gonzaguinha: até com tempo ruim se dá bom dia.)

Aprendi cedo que crítica é procedimento que investiga em profundidade expressão e forma, arte e meio.

Não se espere da crítica que agrade. A crítica aponta falha, erro, inexistência de conteúdo, defeito de forma.

Experimente deletar uma biblioteca de programa de seu computador e fazê-lo funcionar. Aquela tela inicial vai continuar preta cobrando a presença prevista.

É como padaria: anuncia pão quente, você comparece às seis da manhã e às seis da tarde e encontra. E isto que pão só alimenta o corpo...

Imagina o que se prometa ao espírito.

Não carece sequer de publicidade, basta imprimir em página, cd, dvd, fita, palco ou chão de rua. Apresentar-se ao público é expor-se a este e, por conseqüência, enquanto a caravana passe, a crítica existirá.

Outra coisa é a pessoa adentrar ao terreno da crítica sem conhecimento.

Inverte-se aí o conceito.

O público aplaude, a bilheteria estoura e àquela pessoa restará o espelho...

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