28 janeiro, 2009

Loma, inteira para acariciar seu ouvidos






Loma é das pioneiras a fazer por ela mesma a edição de um disco próprio, vendendo por antecipação bônus para segurar as despesas de estúdio e prensa.


É Loma guerreira.


E cantante de prima.


Tá fazendo um envelope do último CD (prensado em 2005) e pondo na roda por R$ 12,50.


Quem quiser chegar mais perto e mora longe pode pedir pelo correio, acrescentando a taxa postal no custo, que não vai passar o total de R$ 17,00.


Tá de barbada, pelo bom que é, pelo conhecimento que se fará da música dessa nossa boa artista gaúcha.


Tem quatro canções dela no my space para conferir e saber um tantinho mais dela.





O CD Ziguezagueando, o quinto da carreira de Loma, tem duas canções com letras dela mesma, entre as 15 faixas, síntese das experiências musicais e estéticas vivenciadas pela artista em 30 anos de andanças.





É também resultado do contato com as culturas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Brasília, locais por onde cantou e viveu.





A estréia de Loma como letrista é em O Meu Lugar, em parceria com René Duque e Cao Guimarães, e Mama Kudilê, com Beto Bollo.O CD tem a direção musical de Mário Tressoldi, que assina os arranjos de nove composições sendo que oito em parceria com Carlos Catuípe, e seis obras arranjadas por Gilberto Oliveira.





Os autores instigam a reflexão para a problemática social, em versos que falam do cotidiano de negros e índios; da lida de pescadores; de alegrias e de amores.





No repertório, ressalta o maçambique, originário da África e preservado até os dias de hoje em Osório pelo grupo Maçambiques. Assinam a autoria deste gênero, Cássio Ricardo/Paulinho Di Casa e Renato Junior em Mar de Saudade e Marés, de Ivo Ladislau e Carlos Catuípe. Bebeto Alves comparece com a zamba De Um Bando, que tem participação especial de Ernesto Fagundes no bombo legüero.Tem canções de amor, como Relógios de Sol (Nei Lisboa) e Feliz (Robson Barenho/Daniel Pereira); Ziguezagueando, samba-bossa de Risomá Cordeiro e Orestes Dornelles, obra que dá nome ao CD; saudações a terra e à cultura nativa (O Meu Lugar, de René Duque, Loma e Cao Guimarães; de esperança, como o samba-exaltação O Mundo Nasceu de um Samba”, de Chico Saga e Mário Tressoldi; canções de lamento e reivindicação à condição da mulher, como em Mulheres D’Areia, de Kleiton Ramil e Paulo de Campos.





O disco inda chama atenção para as condições de vida de excluídos, os índios, em Curumim, de Chico Saga; os negros, em Mamakudilê (Loma e Beto Bollo), Povo Negro (Fio e Gilberto Oliveira) e ainda o samba rasgado Céu da Boca do Canhoto, de Zé Caradípia, que expressa o sonho dos excluídos da fartura à mesa; bem como do jeito brasileiro em Contramão, de autoria dos nordestinos João Gomes/ Eudes Fraga e Paulo Fraga, um maracatu rural liquidificado pelos percussionistas e que tem, ainda, as participações especiais dos gaiteiros Luiz Carlos Borges e Juliano Gonçalves. De Nelson Coelho de Castro tem o reggae, Outro Mar, que fala de fruição: sol, mar e perna, muita perna bronzeada!



http://www.myspace.com/lomacanta

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