28 janeiro, 2009

Quando a morte separa

Se não mais me gostas,
diz-me que me amas por quê?
Visita-me,
dá presença e presentes,
até paga conta há muito vencida...
mais de ano
E dizem-me que até fala mal de mim às costas,
desdiz de nós, das coisa nossas,
que penso estavam bem e boas
juntas ou separadas fossem elas
Engano meu, ledo engano diriam
É como se não mais a tivesse próximo,
fosses outra quem se aproximava
Não a tive, mas fingias,
devia,
pois parecia
Eras o amor da vida inteira para mim
E acabou-se já a vida,
tão assim breve,
pouco íntegra,
em meio ao mar de dor
mas juro que vivia,
era quem era.
Viajava,
se banhava nua,
pendurava a conta
Era até amiga, parecia,
fevereiro voava, fervia
março, era santa, parecia, o ano inteiro.
Fui desacompanhado ao nosso enterro.

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