Um dos músicos e pesquisadores mais ativos do Estado, o clarinetista Hardy Vedana morreu na noite do último domingo, um dia depois de completar 81 anos. O idealizador do Museu da Imagem e do Som de Porto Alegre estava internado desde a semana passada e foi vítima de complicações decorrentes de uma pneumonia.
Nascido em Erechim, Vedana vivia em Porto Alegre desde a década de 1940.
Nos anos 1950, passou a destacar-se como clarinetista voltado ao jazz.
Nos 1960, ganhou fama nas ruas: seu grupo de 10 músicos percorria a cidade tocando maxixes e marchinhas ao vivo, na carroceria de um caminhão, para propagandear a loja de confecções Sibrama, do Centro.
De suas intensas pesquisas sobre a história da música na cidade, resultaram livros como A Casa Eléctrica e os Discos Gaúcho (2006), sobre a gravadora e fábrica de discos A Eléctrica, que funcionou em Porto Alegre no início do século 20, e Jazz em Porto Alegre (1985), sobre um de seus gêneros musicais preferidos.
Embora debilitado nos últimos anos, Vedana seguia produzindo — segundo a família, ele deixou 27 projetos de livros prontos, esperando publicação.
Na semana passada, foi hospitalizado depois de fraturar duas costelas em uma queda. Contraiu pneumonia e não resistiu a uma parada respiratória e uma parada cardíaca, ambas sofridas no final de semana. Vedana deixa a esposa, Gilá, uma filha, quatro netos e dois bisnetos.
(clic-rbs)
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