05 novembro, 2012


Das flores não nascidas ao novo dia

(assim vejo o sol nascer da minha janela)

Há no vazio um pesado silêncio

Silencio o passado assombrado
Sombreado é um canto pensado
Pensa, cada palavra não dita
Ditado no oco em suspenso
Penso e suspiro afogueado
Fogo de brasas adormecidas
Dormentes e trilhos quebrados
Quebrada a vontade esvaída
Vai-se e acena as despedidas
Despacham-se dúvidas vãs
Vãos não nos completam vidas
Vívidas lembranças sentidas
Sinto as tantas carícias distantes
Distam as paixões das presenças
Presentes de futuros ausentes
Ausências comungam no passado.

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