Paralelas |
Desisto por ontem
Insisto que é hoje
Existo para amar.
Lugar algum há,
coisa nenhuma
tem, gente nem.
Decido, já, amor
não mais sentir,
das penas a dor.
Risos e acenos,
são já saudades,
murchas flores.
Lá fora, em cordão
Já passa a multidão
a cantar nova canção
Sou outro mesmo eu:
a sonhar e sentir o ar,
a respirar sem chorar.
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