20 dezembro, 2012

PARECIA TANTO AMOR

Indiferença assim tamanha
tanto mais espanta que é
se de quem se ama vinda,
se à singela demanda cala
e aflita a alma interroga:

Pra que assim ser, droga?

Pesado o fardo da dúvida,
mais que pesa o desamor.

Há, em não saber, um que
de algo próximo a não ser.

Adoecem o corpo e a alma
aflitos, por desinformação.

Que há de justo na intenção
essa de deixar em suspenso
- o doce amargo dessa dor?

Não sei dizer o que não fiz,
ou se fiz o que ainda não sei.

O céu fechou-se às estrelas.
A passarada aninhou sem canto.
A vida apenas sobrevivência.

Do riso, da alegria, desencanto.
Não chega a pranto, entanto.
Nem sabe se momento já é.

Tão fácil seria um olá, bom dia.

A noite já de novo sucede o dia,
são muitas horas, dias de agonia.

E nos amávamos tanto, parecia.

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