18 janeiro, 2013
AMO ASSIM
Pé ante pé, as pernas ao ar
meigo sorriso, doce olhar
és verbena ou flor rosa
a pele morena,
belo poema de noite veranil
ouso sequer dizer versos
por querer beijar-te
a teus pés estar
assim bobo, louco de atar
recomeço, me componho
tiro da garganta o nó, a trava
e falo, enlevado...
um beijo só, de muito carinho,
dormir a teu lado, ficar acordado
clamando de cor e salteado
[sobressaltado]
Desenho declamado, coreografado
no presente p pressentido passado
o coração teu é agora só meu
a sonhar, gravei nele meu nome
flutuava no ar os olhos fechados
a te ouvir respirar como declamasse
o som da felicidade
acordei, súbito, em lágrimas
de alegria, voava, parecia
pra te encontrar.
Eu é que dormia.
Apenas, só, sonhava,
acordava a teu lado,
acariciava teus os ombros nus,
te afagava os cabelos.
beijava-te os pés...
o dia clareou, num repente,
saí feliz à rua, a lua bela que via
clara nos céus surpreendia
o sol nascido recém
e teu corpo nu revelado
por carinhos enlevado
ficara aturdido, bobo mesmo,
amada menina.
...
Ainda hoje sou aquele,
ainda sempre, penso,
serei aquele bobo.
Ainda sempre amo.
E assim é que vivo.
Feliz se és feliz,
a te seguir pelo tempo
o peito arfante, caminhante
de amores não mais vãos.
mesmo contra o vento...
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