03 fevereiro, 2013

Uma outra vez por amor


I
Vez por outra
viro abóbora.
Bobó, mesmo doce.
Isso pós meia-noite.
Quando mais não estás.
Que foste dormir, sem mim.
O silêncio ribomba assim.

II
É quando tudo trava
eu sem saber dos teus sonhos
a sonhar com intimidades tuas.
Ousar mesmo assim te querer.

III
De alcinhas e rendas finas? De seda?
Esvoaçante ou ao corpo colada?
Tanta insistência te deixa vexada?

IV
Essa prosa não é poema
Isso a mais ninguém engana
E só dá pano pra manga.

V
Abóbora não é cor de laranja
Menos ainda quando cora
Na larga madrugada insone.

VI

Penso possa amar mais do que já.
Será isso possível
se algo me modifica só em sonhar

VII
O coração mais palpita que a razão dita.
E não penso seja isso ruim, devaneio.
Passear nos teus passos, alegra, agita.

VIII

Intento versos, que não rimam
Será te sentes desejada, amada?
Um andarilho insone a construir estradas.

IX
Entanto, não são versos dedicados,
posto serem só exposição do coração
a alma ainda agitada por densa paixão.

X
Quando ao plano concreto da escrita
o verso baixa, a linha íntima é só palavra
vezes oca, vezes torta, uma desdita.

XI
Ainda resta que te quero abraçar,
Ver-te o olho, pegar a tua mão,
bem de perto, sentir teu coração.


(um meu e-book na Bookess)
 — em http://www.bookess.com/read/13836-do-incondicional-amor/

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