22 abril, 2017

Sem mais "Derrama"

A esquerda não emburreceu (sic, Alabarse), nem há sinais aqui ou em lugar outro do planeta de que a direita passou a ser inteligente.
Enfrentar a ameaça de parcelamento ou não pagamento de salários é uma exigência para quem vive de vender a força de trabalho. 
Defender serviços públicos de qualidade é uma exigência social.
A opção de aguardar calados a imposição da precarização dos serviços e perdas salariais é que denunciaria falta de inteligência.
Lançar mão da redução das competências do estado denuncia a incapacidade de formular soluções adequadas à contemporaneidade.
Propagandear dia sim, dia também a escassez de meios preparando terreno e consciências para o não pagamento de salários, requenta a receita liberal do início do século passado: mais trabalho, menos salário, menos gastos públicos com serviços públicos para todos, mais repasses de recursos de impostos à iniciativa privada, para poucos.
O secretário da Cultura de Porto Alegre Luciano Alabarse esqueceu que a gestão pública não é ato de vontade pessoal. Que a boa vontade não é suficiente na escassez. Que governar é decidir para o que e para quem irão os recursos poucos, não distribuir mesadas.
Terá pensado o prefeito antes de se colocar como opção que administrar Porto Alegre teria menores dificuldades que as encontradas?
 Nos recusamos a aceitar que as desconhecesse. Desonraria a pessoa supor o contrário.
Gerir o interesse público não é a mera e rasa afirmação de uma visão pessoal, posto que há na cidade pessoas outras, cidadãos contribuintes que vivem aqui por gosto e aqui realizam seu projetos.
Porto Alegre é participativa, tem vontade coletiva associada a grupos sociais, comunitários, profissionais, juvenis ou maduros.
A cidade cobra o que já teve porque sabe que pode ter.
O encontro das contas não é só um exercício contábil e o lançar mão do aumento de taxas e impostos, fazer caixa impondo perdas aos funcionários.
 Esse encontro requer atualidade, inteligência e criatividade para deixar a "Derrama" e a escravidão no passado.

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