Uma emissora de rádio incomum.
Por dez anos sobreviveu à sanha de censores policiais-militares em plena ditadura.
Pioneira e precursora de um estilo de programação no Sul do Brasil, em Porto Alegre.
Música de muito boa qualidade era o suporte, nacional e de fora (naquela década a música popular tinha criatividade, poesia, emoção e virtuosismo).
A programação pela primeira vez se destinava a um segmento do público ouvinte.
"Se eu souber que algúem com mais de 25 anos está ouvindo e gostando da Rádio Continental eu troco a programação", costumava repetir o diretor da emissora, para frisar que sua proposta era uma rádio para jovens.
O contraste com as trevas do pensamento único dos ditadores de plantão se dava pelo bom humor e fina ironia dos comentários e notícias.
A linguagem coloquial única na época dialogava com a juventude, inquieta, irreverente, contestadora de uma capital sempre vanguarda em muitos aspectos culturais e políticos.
Fosse impressa, a programação seria em quadrinhos e caricaturas coloridas.
Rádio Continental AM:
História e Narrativas,
em Porto alegre, de 1971 a 1981.
Sérgio Francisco Endler
Universidade do Vale do Rio dos sinos - Unisinos
Centro de Ciências da Comunicação
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
São leopoldo 2004
http://www.eptic.com.br/tesis2.pdf
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