11 fevereiro, 2008
Volúpia
Morre
o fogo morno
Mudado
pela constância
de amantes que se buscam
lascivos, sim!,
os pensamentos ofuscam
as consciências
É carnal
o desejo
é mental
a volúpia que arde
enrubescendo as faces
mesmo ao gelo exposta
pela ausência alongada
A presença insinuante
da rosa rubra arrancada
que ainda assim
não despetala
posto que é flama
dos corações apaixonados
antecipando gozos
prazeirosos
cachoeiras perfumadas
profanadas pelo amor
noviço e perene
das nossas almas libertadas.
(Contraponto à Lascívia, de R.F.)
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