Ia fazer um poema,
era já muito tarde,
o sol feito pimenta.
A ave aninhava pouso
pra noturno repouso
o pensamento voava.
A vida à galope
ou trote esvaía-se.
Vinha alazã a noite
Corava toda terra,
escoava n'água a luz,
ventava frio do sul.
O grito no ar parado,
da queda amparado
por amor singelo
Livrou-me um gesto
já descrito em livro,
o poema resta vivo.
Não congelou na palavra
escapou em voo rasante
da vista, dormita n'alma.
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