Imagino a leveza
da carícia do vento
na nuvem alva.
Imagino a sutileza
de mãos suaves
sob a roupa já pouca.
Imagino o lençol imaculado
já um tanto amarfanhado,
as vozes graves, roucas.
Imagino leves suspiros,
quiçá gemidos,
o nó na garganta,
o peito a arfar na busca do ar.
Imagino e pressinto o ardor
(quase demência),
o suor sem calor,
nas extremidades uma dormência,
de tantas querências.
Imagino.
Só.
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