03 outubro, 2007

O mesmo em muda



Sou o mesmo em muda perene
O velho a cada novo momento
A existência inconformada
A constância transformada
Amor da esperança alimento

Sou igual ao que se renova
Fatal como o devir comprova
O passado refletido adiante
O presente em vir a ser constante
A terna mutação em vida

Não ambicionem nexo à frente
Que loucos rompemos cadeias
Sem que nos encantem sereias
Espectros inflamando mudanças
A semeadura em florada não tarda

Ah! Maniqueísta! Superficial!
Quem explora, discrimina, exclui...
Amolga os de baixo
mefistofélica miríade multifacética
Não é só o mal. É todo o mal.

Exploração: pecado do capital
Inconfundível, incontornável:
Monopólica escarnecente colheita
A melindrosa carne em putrefação
...
A terra regada assim por amor
Nos dará saudáveis frutos, afinal.

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