27 dezembro, 2007

Gracias a la vida, que me ha dado tanto














Todo santo dia e mesmo em dia santo, até cá
Deparo-me com uma vitória. E a louvo, ora!
Aliás, reparando bem, a cada minuto da hora.
Penso, ainda, a cada diminuta parte de minuto.
Todas! Previsões, imponderáveis, aflições,
Funestas notas.
É que não fui, nem deixei de ser e ainda sou.
E em meio ao mais perfeito e catastrófico equilíbrio.
Oh! Pai e mãe, glória! Deram a mim o sopro só meu!
O caminho em que prossigo, muitas vezes até acompanhado,
Outras vezes, muitas também: sozinho vou!
Sem o quisesse eu, mesmo minhas amadas nem.
Lamento, nos dias de hoje, já sem sofrimento, os fins.
E todo até aqui findo, quem o quisesse assistiu.
Só posso dizer, grato. Vim vencendo cada segundo,
Cada átimo um novo mundo. Recordo assim, meu bem,
Doce amada, flor rara de ímpar beleza, de ti também.
Do teu amor já dependo eu tanto quanto a nefanda
Pendula de’u deixar de a debelar como a refreei.


____________
Título emprestado da canção de Violeta Parra.
Imagens do folheto do Seminário Mulheres Negras enfrentando a violência, realizado em 1º de novembro pela Organização Maria Mulher em porto Alegre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário no post. Seu retorno ajuda a melhorar a qualidade do meu trabalho.
Se você não é inscrito no blogger, clique em anônimo e deixe um nome ou endereço para contato.

Twitter Updates

    follow me on Twitter