12 setembro, 2010

Um sorriso inteligente em seu olhar

Lula, Dilma e Tarso no Gigantinho, em Porto Alegre
Simples e direto. Penso que temos mais acesso aos recursos da cultura em todo o Brasil, para mais pessoas, sejam artistas, produtores, público em geral. Não vou trabalhar essa afirmação com números. Ainda que mais democrático o acesso e disseminado regionalmente os recursos, as cifras permanecem muito concentradas no Rio de Janeiro e São Paulo.

Quero destacar ações de descentralização como os Pontos de cultura que promovem a democratização e a diversidade da ação cultural. Quem é do meio sabe, não vou ficar citando programas, listando atos, amontoando arrazoados.

Tarso e Dilma em Porto Alegre
Quem não é do meio pode acreditar ou pesquisar nas páginas do MinC.

Há um programa de cultura no país, há recursos e políticas de cultura pela primeira vez na história do Ministério da Cultura e mesmo na história do Brasil.

Eu escrevo, leio, ouço, aprecio e percebo assim.

Descentralização é democratização. Quando Tarso Genro foi pela primeira vez prefeito de Porto Alegre, fui convidado pelo secretário da Cultura, Luiz Pilla Vares, a participar da equipe de seu segundo mandato na SMC. Ajudei a desenvolver a Descentralização como um projeto de ações permanentes com apoio na participação de sujeitos populares articulados em comissões regionais de cultura.
O orçamento anual para a Descentralização em 1993 era de R$ 24.000,00.

Abgail e Paim pro Senado

Tivemos expressivo sucesso na conquista de recursos para a estratégia de democratização da ação cultural e a promoção de novos sujeitos em espaços diferenciados do fazer cultural, rompendo com o circuito da fama, constituindo programações alternativas.

Coordenei novamente o Projeto de Descentralização em 2003 e 2004. Orçamos R$ 1.500.000,00 para o ano de 2005. Eram já 94 oficinas de todas as áreas da cultura.

Quem faz e vive cultura em Porto Alegre pode avaliar se era um bom modo de promover a ação cultural da nossa cidade, como foi tratada ela nos últimos anos e se mudou para melhor ou pior.

Fernando Marroni - deputado federal,
Paim - senador,
Miriam Marroni - deputada estadual


Contribui com o programa de ação cultural no passado nas administrações de 1993 a 2004 em Porto Alegre e no primeiro e no segundo governos do presidente Lula. Não vejo razão pra fazer diferente num provável governo de Dilma e num possível governo de Tarso Genro.

A maioria do povo brasileiro ainda não tem acesso aos meios de produção e fruição dos bens culturais da humanidade], diz o programa de Dilma, sem dourar pílulas. Reconhecer que há muito por fazer é um passo firme para realizações possíveis.

Mais bibliotecas, teatros, conservatórios, centros culturais são necessários, bem como a ampliação dos orçamentos públicos para a cultura, com a democratização do acesso aos recursos por mais e diferentes sujeitos da ação cultural de nosso estado e de nosso país.

Sabemos como se faz isso. Você também sabe.

Percebo, como vislumbrava Henfil, um riso inteligente brincando nos seus olhos.

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Publicado em minha coluna na Revista Fala Brasil número 3.

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