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01 outubro, 2015

ONDE MESMO FICA O BRASIL NA HISTÓRIA?

A luta de classes é permanente, muita gente sabe. 
E cansa um tanto, mais gente começa a saber.
A pessoa distribui flores e recebe balaços, até mesmo pelas costas, fogo amigo dos das próprias fileiras até ontem.
E a pessoa justa, terna, amorosa, solidária, tende a endurecer, mesmo que só vá ficando, tendo de alçar mão de recursos

Adroaldo Bauer Corrêa alcançados por oportunistas de sempre, por lacaios de ocaisão.
Tenho pensado cada dia mais nas circunstâncias de que o Brasil é vizinho da Colômbia, da Bolívia, do Paraguai e que a Máfia é uma organização centenária criada na Itália, próspera nos Estados Unidos.
E em que os russos também, como chineses e japoneses, estão chegando na área.
O Brasil, entanto, parece a algumas pessoas aqui, estaria infenso ao tráfico internacional de drogas e ao crime organizado.
Desconhecem essas que, como em outras paragens, aqui também fazem e desfazem podres poderes.
Reconhecem apenas, essas pessoas bem intencionadas, que o lucro de bancos e financeiras se vem bem saindo ao longo dos tempos, crescente no mais das vezes com o rentismo, que é a outra forma de esbulho internacional em que se sustenta a economia capitalista no planeta.
Mas, o Brasil é um paraíso e quem aqui vive cobra os serviços que deveriam ser prestados em uma ilha da magia.
Ninguém informou a essas pessoas bem intencionadas que a vida é perigosa, que matam por poder aqui como em qualquer parte, que o petróleo ainda é uma fonte de energia importante no planeta e por ele fazem guerra e as disputas menos quentes da Ucrânia ao Afeganistão, de Teerã e pra lá de Bagdá.
Tratam as pessoas essas as circunstâncias como próprias e exclusivas do lugar em que moramos, o Brasil.
Sei eu, sabem as pessoas, entanto, que aqui há cachoeiras e beira-mares e comandos vários a disputar de helicópteros ao pré-sal, pó de cocaína, maconha e drogas outras de origem química, em festivais, nas praias, nos camarotes e salas douradas deste imenso território.
Sabem, umas ainda enlevadas por vapores e eflúvios vários, que há guerra, mas pensam que a terra de ninguém é o campo de paz.
Confusão reles, são os cemitérios o campo da paz.
É atribuído aos romanos que paz é o intervalo entre as guerras pra alimentar os cavalos e cuidar dos feridos, nesta ordem exata.
Sim, votei pela segunda vez em Dilma.
Não abro mão do princípio do julgamento justo, da presunção da inocência, do ônus da prova a qualquer detido ou indigitado, a toda pessoa os direitos esses devem ser assegurados, mesmo aos mandatados, fardados. e togados.
A seletividade dos juízes acobertada pelos donos das máquinas de propaganda impressas e eletrônicas é a mesma que grassa há 500 anos no território, não fere a lei a quem a maneja. Denuncia na manchete, admite erro editoral na página do obituário.
E manejam, esses, em próprio proveito, que não é o proveito dos de baixo, porque nunca foi. E só será se os que somos explorados e espoliados pelos de cima nos mantivermos conscientes do necessário, unidos em torno de um projeto que não abdica da democracia e da solidariedade por princípio.

30 setembro, 2014

A VÊNUS CORROMPIDA E O EFEITO BORBOLETA

Uma borboleta a bater asas na China provoca furacão na Flórida. Li que emissora de televisão propagandeou hoje que o sequestro ocorrido em Brasília foi em hotel que pagaria R$ 20 mil a Zé Dirceu por trabalho em regime de cumprimento de pena.
A teoria do caos  já produziu efeitos eleitorais na camiseta do PT vestida em presos de organização guerrilheira estrangeira em eleição anterior, factoide servido à véspera da votação.
Empresários ameaçaram em declarada bravata abandonar os negócios no Brasil se o resultado da eleição fosse do desagrado deles (ficaram e continuaram a escorchar o povo trabalhador).
Artistas populares da mesma Vênus Corrompida foram à propaganda direta em outras eleições dizer do medo que tinham das estrelas vermelhas e do pavor que lhes fazia arrepiar o número 13.
Temiam nada, estavam a dar voz ao dono e a defender os salários mensais que os trabalhadores comuns não ganham em um ano.
A esperança já venceu o medo várias vezes.
A esperança agora deve vencer o ódio.
A Vênus Corrompida já foi vencida pelo ridículo.
O 13 dá sorte. Azar o deles!

23 janeiro, 2013

Para o atento juízo sério de quem ama o Brasil

Pronunciamento da presidenta Dilma Roussef à nação expõe a estratégia do setor elétrico nacional e anuncia primeira redução da história do Brasil de preços das tarifas de energia elétrica domésticas, industriais, rurais e de serviços.

01 novembro, 2010

Vencemos com Dilma

penso que não se venceu só
nem ela nem apenas nós
as pessoas todas vencemos


a vitória sabe a néctar da melhor fruta
aparece meiga, sem deixar de ser firme
feminina porque humana é


Uma felicidade nos vem dela
uma alegria maior se emancipa
até um comedido orgulho se adivinha


Uma mulher vai presidir o Brasil agora
Será isso natural, após meio milênio,
A façanha torna-se épica nessa hora,

25 outubro, 2010

CARTA ABERTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.

Theotonio dos Santos*


Meu caro Fernando

Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete comtudo este debate teórico. Esta carta assiada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da

população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependencia: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).

Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.

O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartir com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.

No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a

culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?

Conclusões: O plano real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.

Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.

E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. UM GOVERNO QUE CHEGOU A PAGAR 50% AO ANO DE JUROS POR SEUS TÍTULOS, PARA EM SEGUIDA DEPOSITAR OS INVESTIMENTOS VINDOS DO EXTERIOR EM MOEDA FORTE A JUROS NORMAIS DE 3 A 4%, NÃO PODE FUGIR DO FATO DE QUE CRIOU UMA DÍVIDA COLOSSAL SÓ PARA ATRAIR CAPITAIS DO EXTERIOR PARA COBRIR OS DÉFICITS COMERCIAIS COLOSSAIS GERADOS POR UMA MOEDA SOBREVALORIZADA QUE IMPEDIA A EXPORTAÇÃO, AGRAVADA AINDA MAIS PELOS JUROS ABSURDOS QUE PAGAVA PARA COBRIR O DÉFICIT QUE GERAVA. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou dráticamente neste

pais da maior concentração de renda no mundo. VERGONHA FERNANDO. MUITA VERGONHA. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identifica com o seu governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.



Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.

Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e

ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este pais.

Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso faze-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.

Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.

Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.

Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço


http://theotoniodossantos.blogspot.com/2010/10/carta-aberta-fernando-henrique-cardoso.html



________

*Theotonio dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

20 outubro, 2010

Artistas e intelectuais repetem palanque como em 1989


É provável que um palco tão amplo e representativo do mundo da cultura no Brasil só tenha paralelo com a rede de apoiadores da campanha Lula de 1989. Quase duas mil pessoas lotaram platéia, corredores, mezaninos, hall de entrada e a calçada da casa de espetáculos, enquanto uma chuva intermitente desabava sobre a cidade. No palco, entre outros, estavam Oscar Niemeyer, Chico Buarque, Rosemary, Alcione, Ziraldo, Fernando Morais, Elba Ramalho, Renato Borgehetti, Yamandu Costa, Hugo Carvana, Leci Brandão, Alceu Valença, Paulo Betti, Marco Aurélio Garcia, Chico César, João Pedro Stédile, Antonio Grassi, Sergio Mamberti e muitos outros. O artigo é de Gilberto Maringoni.

Agora seriam outros 500















Retirado do Conversa Afiada:
o Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu do amigo navegante Ivo:

Caros ,
Acho que é o caso de lembrar a Marina de onde ela estava em abril do ano 2.000.
No dia 22 de abril de 2.000 ela estava na estrada que liga Santa Cruz de Cabrália a Porto Seguro, junto com 3.600 indígenas, de mais de 180 povos, militantes do movimento negro, quilombolas, miltantes do MST, estudantes, mulheres, militantes de inúmeros movimentos populares e sindicais, talvez mais de 10 mil ao todo, de todo o Brasil.
Ela tinha falado no Quilombo, que era o acampamento coletivo, no dia anterior, para alguns destes milhares de militantes.
No dia 22 de abril, logo pela manhã, foi desatada a repressão sobre todos e todas.
O Fernando Henrique estava na Cidade Alta de Porto Seguro, comemorando com o Presidente de Portugal.
Na estrada, a policia do Antonio Carlos Magalhães e as tropas do FHC jogavam bombas de gás, arrastavam negros pelos cabelos, espancavam indígenas e prendiam estudantes.
Havia helicópteros e lanchas da Marinha no cerco.
Um indígena se jogou no chão da estrada, em frente dos soldados, que passaram por cima dele.
Encontrei a Marina com sua assessora Áurea, perdidas na estrada, escutando bombas e tiros próximos.
Coloquei as duas no meu carro, para escapar dali protegendo-as.
Dentro do carro, a Marina falou calmamente que, se respirasse aquele gás, poderia morrer.
Virei o carro para pegar um caminho de terra e ir em direção da praia.
Ela pediu que não fosse, porque tinha visto soldados irem para a praia perseguindo estudantes.
Voltei com o carro prá estrada e levei a Marina até local seguro, longe da repressão e das bombas.
Emocionado porque, segundo a nossa Senadora, eu talvez tivesse acabado de salvar sua vida.
Acho bom ela lembrar deste episódio neste momento, para pensar de que lado ela sempre esteve, e de que lado deve estar agora.
um abraço fraterno.
Paulo Maldos ( ex-assessor do CIMi – Conselho Indigenista Missionário)

15 outubro, 2010

Viva o povo brasileiro!

À NAÇÃO
 
Em uma democracia nenhum poder é soberano.
Soberano é o povo.
É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.
 
Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.
 
Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaç a de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.
O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.
 
Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.
O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.
 
Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão. A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.
 
É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa. Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo. Mesmo quando acusaram sem provas.
 
Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta. Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.
 
A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos. Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade. Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante. O Brasil passou por uma grande transformação.
 
Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.
 
Ninguém nos afastará desse caminho. Viva o povo brasileiro!

Eu não sou religioso, Frei Betto é. Voto em Dilma

TENDÊNCIAS/DEBATES

Dilma e a fé cristã

FREI BETTO


Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu,
jamais se encontrará uma única linha
contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã


Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.

Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.

Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.

Nada tinha de "marxista ateia".

Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos.

Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.

Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.

Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.

Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.

Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto...

Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

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FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).

12 setembro, 2010

Um sorriso inteligente em seu olhar

Lula, Dilma e Tarso no Gigantinho, em Porto Alegre
Simples e direto. Penso que temos mais acesso aos recursos da cultura em todo o Brasil, para mais pessoas, sejam artistas, produtores, público em geral. Não vou trabalhar essa afirmação com números. Ainda que mais democrático o acesso e disseminado regionalmente os recursos, as cifras permanecem muito concentradas no Rio de Janeiro e São Paulo.

Quero destacar ações de descentralização como os Pontos de cultura que promovem a democratização e a diversidade da ação cultural. Quem é do meio sabe, não vou ficar citando programas, listando atos, amontoando arrazoados.

Tarso e Dilma em Porto Alegre
Quem não é do meio pode acreditar ou pesquisar nas páginas do MinC.

Há um programa de cultura no país, há recursos e políticas de cultura pela primeira vez na história do Ministério da Cultura e mesmo na história do Brasil.

Eu escrevo, leio, ouço, aprecio e percebo assim.

Descentralização é democratização. Quando Tarso Genro foi pela primeira vez prefeito de Porto Alegre, fui convidado pelo secretário da Cultura, Luiz Pilla Vares, a participar da equipe de seu segundo mandato na SMC. Ajudei a desenvolver a Descentralização como um projeto de ações permanentes com apoio na participação de sujeitos populares articulados em comissões regionais de cultura.
O orçamento anual para a Descentralização em 1993 era de R$ 24.000,00.

Abgail e Paim pro Senado

Tivemos expressivo sucesso na conquista de recursos para a estratégia de democratização da ação cultural e a promoção de novos sujeitos em espaços diferenciados do fazer cultural, rompendo com o circuito da fama, constituindo programações alternativas.

Coordenei novamente o Projeto de Descentralização em 2003 e 2004. Orçamos R$ 1.500.000,00 para o ano de 2005. Eram já 94 oficinas de todas as áreas da cultura.

Quem faz e vive cultura em Porto Alegre pode avaliar se era um bom modo de promover a ação cultural da nossa cidade, como foi tratada ela nos últimos anos e se mudou para melhor ou pior.

Fernando Marroni - deputado federal,
Paim - senador,
Miriam Marroni - deputada estadual


Contribui com o programa de ação cultural no passado nas administrações de 1993 a 2004 em Porto Alegre e no primeiro e no segundo governos do presidente Lula. Não vejo razão pra fazer diferente num provável governo de Dilma e num possível governo de Tarso Genro.

A maioria do povo brasileiro ainda não tem acesso aos meios de produção e fruição dos bens culturais da humanidade], diz o programa de Dilma, sem dourar pílulas. Reconhecer que há muito por fazer é um passo firme para realizações possíveis.

Mais bibliotecas, teatros, conservatórios, centros culturais são necessários, bem como a ampliação dos orçamentos públicos para a cultura, com a democratização do acesso aos recursos por mais e diferentes sujeitos da ação cultural de nosso estado e de nosso país.

Sabemos como se faz isso. Você também sabe.

Percebo, como vislumbrava Henfil, um riso inteligente brincando nos seus olhos.

______
Publicado em minha coluna na Revista Fala Brasil número 3.

24 julho, 2010

Dilma presidente e Tarso governador pela cultura!


...
Acesso à comunicação, socialização dos bens culturais, valorização da produção cultural e estímulo ao debate de idéias

42. A imensa maioria da sociedade brasileira está privada do acesso aos meios de produção e fruição dos bens culturais da humanidade. Noventa por cento das cidades não possuem salas de cinema. Muitas não têm bibliotecas, teatros ou centros culturais. Apesar dos avanços dos últimos anos, a maioria da população brasileira conta, como único veículo cultural e de informação, com as cadeias de rádio e de televisão, em geral, pouco afeitas à qualidade, ao pluralismo, ao debate democrático. É preciso fortalecer políticas de indução às indústrias criativas e suas cadeias produtivas que integram o conjunto da economia da cultura.
43. Modernas tecnologias, como aquelas ligadas à Internet, além das TVs públicas, têm permitido um arejamento cultural e político que pode compensar o monopólio e concentração dos meios de comunicação.

44. O aprofundamento da democracia brasileira passa por uma forte circulação de idéias, pelo livre acesso aos bens culturais de toda a humanidade e pela possibilidade de expressão de nossa diversidade cultural, das manifestações populares às de vanguarda.

45. Para tanto será necessário:

a) ampliação da rede de equipamentos, como centros culturais, museus, teatros e cinemas, política que deve estar articulada com a multiplicação dos pontos de cultura, representando amplo movimento de socialização cultural;

b) implementação do Plano Nacional de Cultura e do Sistema Nacional de Cultura;

c) expansão dos programas de estímulo ao consumo e difusão de bens culturais, como o Vale Cultura;

d) transformação das escolas, sobretudo de nível médio, em verdadeiros centros de cultura, com programas específicos de arte-educação;

e) iniciativas que estimulem o debate de idéias, com o fortalecimento das redes públicas de comunicação e o uso intensivo da blogosfera;
f) ações de proteção do patrimônio nacional material e imaterial e de acesso às grandes manifestações da cultura nacional e da humanidade;

g) descentralização dos recursos para regiões tradicionalmente menos beneficiadas pela política cultural;

h) leis de incentivo à cultura que garantam controle público sobre o uso dos incentivos fiscais;

Também por isso voto em Dilma para presidente do Brasil.

...

06 julho, 2010

Dilma será a primeira mulher presidente do Brasil

Lula apoia Dilma à presidência do Brasil e Tarso Genro ao governo do Rio Grande do Sul.
É também o meu voto.

A esquina democrática, tradicional ponto de manifestações políticas em Porto Alegre, voltou a receber um grande evento nesta terça-feira (6). Cerca de 5 mil pessoas participaram dos lançamentos das campanhas de Dilma à presidência da República e de Tarso para o governo do Estado.

Também estavam presentes o candidato a vice-governador Beto Grill (PSB), o presidente regional do PT, Raul Pont, e representantes dos demais partidos que compõem a Unidade Popular Pelo Rio Grande (PC do B, PR e PPL). Além deles, participaram do ato os ex-governadores Olívio Dutra e Alceu Collares. O pedetista, que já havia confirmado o apoio a Dilma, abriu seu voto para Tarso Genro.

Ao falar para os milhares de militantes, Tarso saudou a presença de Dilma em Porto Alegre. "Dilma será a primeira mulher a governar o Brasil e nossos governos estarão de frente, trabalhando pelo desenvolvimento do Rio Grande".

Cercada por antigos companheiros, Dilma ressaltou a importância do Rio Grande do Sul na sua formação política. “É um grande momento, porque eu sei a importância da experiência que eu tive aqui. Eu nasci em Minas, mas, quando me perguntam, digo que eu sou uma mistura do centro com o sul do Brasil”, definiu.

Antes do ato e da caminhada, Dilma recebeu a medalha do mérito farroupilha da Assembleia Legislativa em homenagem aos serviços prestados para o Estado e para o País. A ex-ministra chefe da Casa Civil, ao falar de segurança pública, fez questão de deixar claro quem é o seu candidato a governador: "aqui eu quero parar para saudar o ministro Tarso Genro. Meu candidato! Tarso é responsável pela construção do desafio do Brasil em relação a segurança. O Brasil deve agradecimentos ao ministro Tarso Genro que elaborou a melhor política de segurança pública".

Dilma vota em Porto Alegre.
 
(Assessoria de comunicação do PT-RS)

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