Criou a mim e minha mana Maria Machado, dedicada e firme mãe de quatro filhas, com o carinho suficiente e os cuidados que me fazem estar vivo ainda hoje.
De 1964 a 1968, quando os cretinos entreguistas se dizentes donos do país congelaram os vencimentos dos servidores civis da União - meu pai Milton, um deles - a quem Jango estendera a paridade de ganhos, o que deixara a casta de oficiais mais furibunda que era, minha mãe tocava uma máquina de costura por 14 a 16 horas por dia, seis dias por semana; nos auxiliava nos deveres de casa, arranjava nossas pastas de livros e cadernos escolares e as merendeiras, lavava e engomava o nosso guarda-pó, apontava nossos lápis, punha mais água no feijão... essas e mais coisas que faz toda a mulher de boa índole e fibra inquebrantável.
Lhe devo muito mais que a vida.
Todos os sonhos e o amor que possam caber na mente e no coração de um homem.
Pelo que serei sempre grato.
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