02 março, 2013

Um vendaval



Seria, sim, felicidade 
o ar levantar breve tua saia 
de cambraia, em que me fio

Como alguém que pareço sou
ou como quem sou amanheço
no teu coração bem guardado, 
o meu peito aguardando... 
até quando, quando, quando?

O amor rasca, lasca, dilacera, 
se há tanta espera.
E se desesperanço, desapareço, 
se enlouqueço, 
se me perco das tuas linhas
e traços e risos lindos, 
se me carregam pros quintos 
e sextos e outros sentidos? 

Seguimos ainda apenas nos falando
enquanto o arcabouço nos permite, 
que após de aqui são só sentidos,
esperançados, mais sem limites 

Sinto-me em ti mais cada vez,
um presente dos sonhos 
assim almejado, sendo,
acontecido... acontecendo.

Restas envolta em bruma, 
mesmo leve como pluma, 
onde repousa a felicidade
sem que o vento aja. 
Ventanis do porvir, hajam já!

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