Quando vemos a pirâmide, nos vêm primeiro à mente um faraó, talvez até Cleópatra.
Poucos lembramos das multidões de pessoas escravizadas que ergueram o magnífico monumento com sangue, suor, lágrimas e a própria vida.
O que vimos na tomada talibã dos palácios e destruição física das artes e arquiteturas seculares é mais que a barbárie faraônica explícita na pirâmide, posto que tornam os palácios arrasados nos próprios estábulos.
A estética neofacista dos apoiadores de Bolsonaro, o que veio para destruir tudo, é essa novidade aterradora ainda sem nome, mais que a barbárie aristocrática erigida em nome da civilização, mais que a continuada exploração das forças do trabalho pelo colonialismo mercantil, pelo capitalismo industrial ou, atualmente, pelo rentismo ultraliberal.
Certo é que sintetiza, no poder bandido, a estética dos torturadores e suas reservas, das milícias, do narcotráfico, dos exportadores de ouro garimpado na clandestinidade entre outras commodities às custas das vidas humanas yanomami e demais oprimidos e explorados.
Ainda não tem nome, mas já é isso. E empolga milhões assemelhados.
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