01 junho, 2007

Lançada com sucesso a novela O dia do descanso de Deus, de Adroaldo Bauer

A programação do lançamento foi simples.
Um ambiente acolhedor, a conversa em tom sussurado como se saísse dos livros expostos nas prateleiras da Livraria direto para as mesas de Café da Palavraria, na Vasco da Gama, 165, do simpático Bom Fim, bairro tradicional de Porto Alegre, de onde surgiu, ainda no milênio passado, a saga do Exército de Um Homem Só, do hoje imortal Moacyr Scliar.

O estreante em publicações Adroaldo Bauer, mais conhecido na cidade como vereador e sindicalista Adroaldo Corrêa (o nome todo do homem é Adroaldo Bauer spíndola Corrêa) parecia calmo, mas um tremelico das mãos e a prosa mais pausada que de costume denotavam nervosismo de calouro.

Chegaram pessoas para o programa - antes da hora, e o homem mudou de figura. Começou a personificar o escritor que já era então.

Conversou alegre com Wladymir Ungaretti, seu chefe no primeiro emprego de jornalista, na Rádio Continental, ainda em 1975.

Chegou Janete Schneider, sua colega no atual ofício de Técnico em Comunicação Social da Prefeitura de Porto Alegre, onde é funcionário público.

- sou cega e estou enxergando mais que o ceguinho fingido aí, disse carinhosamente a colega para quebrar o gelo.

Quando chegaram João Antônio, Rui Fank e Tarcízio Cardoso, esse pilotando bravamente uma cadeira de rodas, ficaram todos na mesma mesa, de vez em quando alcançando um bom chileno cabernet sauvignon ao escriba, que cuidava tanto de não deixar o cálice cair à mesa quanto das letras que rabiscava nas dedicatórias.

A perna do Adroaldo bambeou, eu vi ele com os olhinhos brilhando e piscando rápido por trás dos óculos, à chegada de Flávio Koutzii, acompanhado de Sônia Pilla. Adroaldo abraçou forte o Flávio, beijou Sônia. E se derreteu em agradecimentos. Não cabia em si de contentamento.

Felicidade deve ser o nome daquilo.

E a fila se fez. Não era muita gente ainda, nem longa a espera, que ainda seria menor se Adroaldo não quisesse escrever mais um capítulo a cada dedicatória. fosse a um conhecido, fosse para um novo amigo daquela hora.

Raul Carrion chegou apressado, dizendo na entrada que já estava de saída "para a assembléia do Orçamento Participativo da Leste, tu sabes camarada, é a luta". na hora do autógrafo, esquecera o livro que já comprara antecipado, como dezenas de outros que, solidários, asseguraram a publicação da primeira novela de Adroaldo Bauer. Providenciou célere um outro exemplar a diligente Cristina.

Peninha, o Lordsir Cabreira, com muito cabelo como sempre, mas já algo brancos, quase mata Adroaldo de saudável inveja. Não fosse o Penaxo, o Ruben Marsicano, irmão da Gleide, ligar para saber da localização da livraria, a conversa ia ser de instituto de beleza dali em diante.

Penaxo, amigo desde a adolescência de ambos, chegou logo em seguida, mais calvo, o que impediu Adroaldo de enfiar aquele boné horroroso de ferroviário russo que ele adora usar e que a companheira Cristina, pouco antes chegada com a filha do coração Maria Amélia, trouxera solicitamente numa sacola para proteger o homem do frio na saída (que acabou sendo só onze da noite, porque a Carla e o Carlos, polida mas firmemente como convém a proprietários de um local de freqüencia pública como a Palavraria - Livraria-Café, foram conduzindo os remanecenstes convivas até a porta de saída para fechar o estabelecimento(.

- Isso aqui é uma Livraria,um Café, falou o Jorge Branco, sorvendo quase rindo o penúltimo gole de uma cerveja. Branco foi dos que chegou mais cedo e, com quase certeza, fazia uma horinha para pegar dali a pouco o jogo do Inter pela recopa às 11h30min.

Bom, teve muito mais gente: o Cícero e a Vera, o João Paulo, o Cléber, a Denise Pereira, a Dóris Oliveira, o Alpheu Godinho, a Ita, o Jorge Vargas, a Rosane Scherer, do Jornal Fala Brasil, que fez as fotos do ágape (Ops!).

Tem gente amiga do Adroaldo Bauer que vai ficar brava comigo porque esqueci do nome ou de citar aqui, mas tenho que terminar a matéria senão fica maior que o livro do homem e vamos ter que publicafr em papel.

Eu podia ter dito lá na primeira linha que foram vendidos até agora 358 exemplares da edição de 1000 mandada rodar pelo próprio autor na Proletra, sob as bençãos do Shimite.

Mas aí ia ficar parecendo notícia. E, se fosse notícia, tinha saído no jornal, não é?

Você não estaria lendo aqui no Retorno Imperfeito.

Já no meio-fio, ajudando a levar o escritor feliz até uma condução que seria guiada pela Cris, o Luís Heron desafiou: seja humilde, camarada, você agora é só mais um leitor como eu. Faça mais bons textos para nos contar boas histórias como estas, porque acho que acertastes a mão.

Evoé! Saravá que já me fui!

Juliaura Ubá
madrugada de 1º de junho de 2007.

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