13 novembro, 2007

Romão e Divina, de Adroaldo Bauer, em O Dia do Descanso de Deus.


Por Zé Augustho Marques*

Com a alternância de possibilidades descritivas e a veracidade de antinomias nas definições dos capítulos, o autor deixa abertas dúvidas sobre o assassinato da personagem-chave Divina, que tem seu romance-novela com Romão, um homem extremamente introspectivo, com sua reservada forma de sorrir quase cubista... Um crime insolúvel, novamente quase familiar que enreda o fervor da linguagem de entre-gêneros e moderna do jornalista Adroaldo Bauer e suas confessionais estéticas de um mysterim tremendum para narrar. Mortes, ciúme, apego ao cotidiano e a mimese de estilhaços sobre o espelho do autor que escrevê pelo olho-lente e estéril de seu O Dia do Descanso de Deus. Ser ledor de Adroaldo Bauer vale a pena.

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Zé Augustho Marques é poeta, artista plástico e colunista do Jornal Fala Brasil, de Porto Alegre

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