16 agosto, 2008

Docemente, tu



Docemente tuas mãos
Levam meus lábios a teu seio,
Depois ao outro
Meiga, sofres dor.
Enquanto te sugo voraz os mamilos.
Sorris, entanto, por meu ar satisfeito.
Que te aparecia em minha face enrubescida.
Depois me acarinhavas.
Depois cantava aos meus ouvidos,
Baixinho enquanto velava meu sono
Muito depois, quando chego tarde em casa,
Inda perguntas se já estou alimentado.
Embora mais não seja
Aquele precioso alimento
Primeiro que me deste.
Cuidas também que não tenha frio.
E até se a comida tem
Sal, gordura, bom aroma,
Acarinhas meu coração
Pela vida que me deste,
Sempre te amarei
E serei eternamente grato,
Enquanto eu viva.

Adroaldo Bauer

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