07 agosto, 2009

de amor me perdi



há tão pouco estavas comigo
amando o imperfeito amor
breve e às penas desfeito
sói
genuflexo
dói
para tanta dor em mim
resto sem voz alguma presa
estão as palavras libertas
o poema explode em desamor
concentra, fere fundo
magoado, malquerido, em dor
nem mais que isso, penso.
nem menos desarrumado,
desalmadamente sem amor
Isso é tão próximo da morte,
além dela mesmo, quiçá
a ninguém inspira o vazio
estás nas minhas palavras
todas: ela quer, eu quero
ela deseja, eu desejo
amor, mal me expresso
é real ensejo, um verso
em flores e sexo, revelo
enlevo, relevo, reverso
se vai sofrer, ah!, vou
ver-se-á no depois
além das dobras do tempo
no antes do último suspiro
de um ai há muito contido...
ais que nos faltam,
por razões de pejo
não se encontrará o falso,
mais seja carinho e recato
que pela poesia ame
que o poema exclame.
não é vexame o amor nas ruas
é vexame o desamor
a ausência da meiguice nos gestos.
tão antigas personagens
atualíssimas circunstâncias
perenes existências, até parecem.
do amor,
da cisma,
da ira,
da inveja,
de tudo se disse,
mais ainda é triste
tristemente é ter à mente a alma ardente
a amar assim tem sido e é, infelizmente

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