01 maio, 2010

É um dia de lutas o 1º de Maio

Minha nova novela está entrando em gráfica segunda-feira, 3 de maio.
























Em 1886, manifestação de trabalhadores nas ruas de
Chicago nos Estados Unidos da América
reivindicava a redução da jornada de trabalho para 8
horas diárias. Trabalhava-se até 12 ou mais em algumas
atividades fabris na época.
Houve adesão de milhares de pessoas. Iniciou-se uma greve
geral. Em 3 de Maio a polícia reprime um piquete e mata vários
manifestantes. Em 4 de Maio, nova manifestação protesta contra as
mortes e mantém a demanda pelas 8 horas de jornada.
Um provocador lança uma bomba sobre o contingente policial
que preparava a repressão e mata sete agentes. A polícia
abre fogo contra a multidão, mata doze e ferindo dezenas
de trabalhadores.
Estes acontecimentos são conhecidos na história
operária como a Revolta de Haymarket. Ativistas vão a
julgamento pela morte dos policiais e condenados a morte por
um tribunal arranjado pelos donos das fábricas.
Em 20 de Junho de 1889, a Segunda Internacional Socialista
aceita proposta de Raymond Lavigne de convocar anualmente
manifestação pela jornada de 8 horas. A data: 1º de
Maio, em homenagem às lutas sindicais de Chicago.
Em 1º de Maio de 1891, dez manifestantes são mortos pela
polícia na França.
O 1º de Maio se consolida como um dia de luta dos
trabalhadores. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a
reconhecer a data como o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta
operária lá conseguiu que o Congresso deles aprovasse
redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias.
Dia do Trabalhador no Brasil
Até o início da Era Vargas (1930-1945) grêmios
operários eram comuns, embora não tivessem muita força
política, em razão da escassa industrialização do
país. O anarquismo e mais tarde do comunismo dirigiam as
agremiações. Com a CLT, Getúlio Vargas dá
sustentação prática ao trabalhismo, consolidando
algumas demandas dos trabalhadores urbanos diminui entre
eles as históricas influências.
Dia do Trabalhador era tido pelos anarquistas e comunistas
como um momento de protesto e crítica às estruturas
sócio-econômicas do país. A propaganda de Vargas
transforma a data em dia de celebração, de festa.
Aparentemente superficial, a mudança altera os
atos dos trabalhadores de piquetes e passeatas para
celebrações, festas populares, desfiles.
O golpe de 64 extingue as entidades sindicais nacionais,
intervém nos institutos de aposentadoria e pensão dos
trabalhadores se apropriando de seus fundos e patrimônios,
proíbe concentrações políticas e quaisquer
manifestações na data. Permanecem apenas as entidades de
base ou verticais, federações ou confederações, as
de cunho nacional com eleições indiretas ocupadas por
interventores, pelegos.
As entidades só voltam a ser de tipo representativas
gerais no Brasil a partir de 1981, com a realização em
Santos, São Paulo, da I conferência Nacional da Classe
Trabalhadora – a Conclat, que aprova a mobilização dos
assalariados do Brasil pela constituição de uma central
única dos trabalhadores.

Adroaldo Bauer Corrêa

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