17 setembro, 2010

A cidade e eu

 

 Tela de Marihê

A cidade que agora percorro
Corre seus olhos diante de mim
Ela é desenho e  traço e som
Ela é mais que eu possa perceber
A cidade que me percorre
Corre através de mim
É sangue derramado
É crânio esfacelado
É coração partido
É bilhete de ter só ido
A cidade que vai permanecer em mim
É uma parede pintada por ti
E eu a quero
Muito mais que a parede
A quero na memória
Como disse o poeta outrora

2 comentários:

  1. Belíssimas palavras, Adroaldo, para esta cidade que te percorre. A memória permanece, mais do que pintada, tatuada.

    beijos

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  2. Muito grato fico, amiga.
    Aviso que estarei autografando O Império Bandido na Feira do Livro de Porto Alegre em 14 novembro, às 18h30min.

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