15 março, 2013

VERSOS DE ARRIMO




Ia fazer um poema,
era já muito tarde,
o sol feito pimenta.

A ave aninhava pouso
pra noturno repouso
o pensamento voava.

A vida à galope
ou trote esvaía-se.
Vinha alazã a noite

Corava toda terra,
escoava n'água a luz,
ventava frio do sul.

O grito no ar parado,
da queda amparado
por amor singelo

Livrou-me um gesto
já descrito em livro,
o poema resta vivo.

Não congelou na palavra
escapou em voo rasante 
da vista, dormita n'alma.

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