28 fevereiro, 2015

IMAGINO

Imagino a leveza
da carícia do vento
na nuvem alva.
Imagino a sutileza
de mãos suaves
sob a roupa já pouca.
Imagino o lençol imaculado
já um tanto amarfanhado,
as vozes graves, roucas.


Imagino leves suspiros,
quiçá gemidos,
o nó na garganta,
o peito a arfar na busca do ar.
Imagino e pressinto o ardor
(quase demência),
o suor sem calor,
nas extremidades uma dormência,
de tantas querências.
Imagino.
Só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário no post. Seu retorno ajuda a melhorar a qualidade do meu trabalho.
Se você não é inscrito no blogger, clique em anônimo e deixe um nome ou endereço para contato.

Twitter Updates

    follow me on Twitter