01 março, 2015

ALMOÇO DE DOMINGO

Causou um certo alvoroço
A bergamota não ter caroço.
Era o fim! Acabara o almoço.
Os bifes bem e malpassados, já idos,
Deram tempero e sal ao arroz cozido.
A rúcula, a alface e o radicci, à entrada...
Deu o tom o vermelho o pimentão à salada.
- Vens sempre aqui? Indaguei ao azeite de oliva.
Nem sim, nem não, se parou empedernido,
Verde, de boné dourado, à uniforme alemão.
O cabernet sauvignon desceu macio,
Na boca frutado...
Hummmm, sabia à beijo roubado.
Um gato preto parecia ronronando,
O rabo às minhas pernas trançando.
Inda bem que não lhes ouço as vozes...
Imagina! Prefiro a das estrelas...
A pimenta de cheiro tem sementes.
Dará frutos se a puser em sameiro?
Perguntei-me, também sem respostas...
Cheguei enfim às bergamotas.
Uma só, que o café pronto já espera
(E a louça por lavar)
O almoço de domingo já era.


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