Agência Reuters/detalhe da foto
Se não escrevo, quase mais nem respiro.
Se respiro, é porque escrevo.
Em um canto, em um recanto, em meio à multidão.
No silêncio indecente dos não-inocentes,
ou na explosão das bombas não-democráticas
que nunca caem sobre a casa dos poderosos,
e costumam destruir as cidades operárias,
nas fábricas ou prédios de escritórios
estes em horário de trabalho de imigrantes,
jamais as mansões, as dachas,
os castelos dos impérios em quaisquer tempos.
E se os poetas se recolhem,
as bombas e os tiros não
que razão terão para cessar?
Os que disparam os gatilhos
ou aqueles que apertam os botões,
esses não cantam o amor,
tripudiam o altruísmo
pisam a flor, dão vivas ao egoísmo
Na abertura dos jogos de Beijing um menino de 5 anos à frente da delegação chinesa.
Ele estimulou sua turma de escola a cantar, e cantar alto, e sempre, para que os bombeiros que viessem em socorro das vítimas do terremoto os ouvissem sob os escombros.
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