08 agosto, 2006

O Nome da Rosa

Lamber o dedo e folhear as páginas é hábito antigo entre leitores, desde que a escrita passou a ser o instrumento de contar histórias e a dizer da história. E o hábito faz o monge. Ainda assim, o monge não deixa de ser humano. Nem de sucumbir à luxúria, nem de se incumbir das terrenas artes do poder, da dominação, da fúria, da injúria. Da danação eterna da condição humana. Sobre isto, e mais o recriado universo medievo do poder pela força, Humberto Eco discorre. E desafia: perca o fôlego subindo escadas feito um monge gordo, tente deixar as alturas brilhantes das páginas para descer à planície do travesseiro em acordo de paz com Morpheu. Neste caso especial de Humberto Eco, a Rosa sempre será vermelha, e de ninguém se não for de todos, porque miséria e necessidade rompem a fé e o medo. Porque uma não tem sobrevivido sem o outro na jornada humana.

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