14 agosto, 2007

amor em roxo



Um assim delicado amor estranho
que as entranhas invadindo treme
geme conquistas de quem não teme
não é mais estranho amor então
é só amor entre estranhos
que nem mais estranhos são
amores é que vão sendo
como então te conheci
como nunca antes te vi
feito um céu boreal
auréola em anjo eras
que nem existir pudera
em noite cheia de lua
de estrelas metade nua
sem nuvens por cima
lençóis abaixo do abismo
em fundo fomos os dois
sem mais percalços
também desnudos
e os sapatos rindo de nós
abaixo da cama
por sobre todas as tramas
de tábuas tecidas treliçadas
de costas ficando marcadas
de noites deixadas ao léu
desleixadas já sem véu
outrora mil fantasias
agora um conto por dia
não morrer de amor
então por que morrer?
não viver de amor
então por que viver?
se assim começamos
estranhos assim amando
estamos de amor vivendo
quanto mais nos conhecemos

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