07 novembro, 2007

É hoje o Sarau Artístico do Movimento Fala Brasil na Feira do Livro de Porto Alegre


Tendo chegado vivo a esse dia de glória, pelo que dou graças à vida que me deram pai e mãe, um 7 de novembro qualquer em minha vida, que apenas diferente de outros é porque é agora, ainda que dolorido, muito dolorido, feliz fico, de um certo modo, de um jeito único.
Fosse planejado não teria sido tão adequado.
Quando lancei o livro por conta, em 31 de maio, 1 mil exemplares, estava assustado; entusiasmado, mas amendrontado pela quantidade enorme de papel entintado, entusiasmo pelo livro impresso, que achava lindo,como todo pai acha que é um filho seu.
Alguns ralos comentários favoráveis de leitores, além da apresentação do amigo Pilla Vares, que muito me orgulha e honra, duas notas de parcas linhas em jornal não eram suficientes para diluir a tensão.
O lançamento foi uma festa alegre na Palavraria Livraria-Café, pelo que meus agradecimentos muitos a Ana, ao Carlos e ao Luís Heron.
No caminho até aqui, as várias edições da Conversa com a pessoa que lê levaram-me a uma certeza: as pessoas gostam de conversar sobre histórias escritas e saber das aventuras de quem escreve histórias. E até se animam a escrever elas mesmas as delas, como eu me animei a escrever as minhas.
Assim, com as conversas, estive na Biblioteca do Clube de Mães do Cristal, no Atelier da Associação de Moradores da Bom Jesus, com simpatizantes dos mandatos da deputada estadual Stela Farias e da vereadora de Porto Alegre Margarete Moraes, em Cruz Alta para a constituição do Conselho de Cultura municipal de lá, em São Leopoldo, na biblioteca Josué Guimarães, para uma conversa com Sérgio Mamberti e público sobre diversidade cultural.
Nesses locais e momentos, sempre carinhosamente recebido, só tenho palavras de contentamento, felicidade, prazer e agradecimento para escrever.
E passaram-se tão só seis meses e seis dias.
Hoje estou com apenas 100 exemplares em estoque e uns 50 distribuídos em livrarias e bancas de revistas e jornais.
E já é a segunda feira de livros que freqüënto como autor, tendo estado no início de outubro na de São Leopoldo, a convite da Prefeitura daquele município, estou lançando hoje esse meu primeiro livro na da capital do estado do Rio Grande do Sul, onde vivo desde 1953, do que gosto muito, onde fui vereador e recebi em vida um título de honra ao mérito pela contribuição pessoal à cultura da cidade, o que também muito me orgulha.
Brinco que, inscrito com mais 215 autores na Jornada de Literatura de Passo Fundo, eu e José Saramago, entre outros, não ganhamos o prêmio 2007, embora eu sequer tenha figurado entre os 10 listados para a noite do prêmio.
Brinco porque para mim a circunstância de ter estado em um lugar que eleva a cultura do estado e do país, ainda que fosse para aplaudir somente a Mia Couto, por seu vencedor O outro pé da sereia, já seria de muita importância. E estive lá como concorrente. Atrevido, mas concorrente.
Entre as pessoas que leram e comentaram minha novela, recolhi entusiasmo e ânimo pelo reconhecimento de que escrevi uma boa história, sentimento que me passou um bom punhado dos depoimentos, alguns até publicados aqui no blogue.
De outras, recebi até o aplauso que me eleva a categoria de escritor, que ainda não me sentia, e nem talvez o seja, embora minha profissão de jornalista tenha me aproximado diariamente do texto escrito nos últimos 35 anos e antes disso já arriscava a publicação de alguns versos e prosa curta em jornais de escola e diários mesmo.
Hoje à noite, das 18h às 21h, estarei com a Rosane Scherer, o Álvaro Santi e o Zé Augustho Marques no CEEE Centro Cultural Erico Verissimo, rua da Praia, 1223, para autógrafos, um programa na 53ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Não faz mal a qualquer pessoa ser um pouco feliz num dia qualquer da existência comum de trabalhador.
E ser feliz pela expectativa de ver realizada uma festa pela leitura, pela escrita, pela Literatura, acrescenta à minha alma uma dose essencial de vigor.
Agradeço a tantas pessoas que passei a amar de peito aberto nestes seis meses, a todas que me amaram desde que existo.
Abraço a todas à noite.
Amanhã, se a emoção permitir, conto aqui como foi a festa que chamamos de Sarau Artístico do Movimento Fala BRasil.

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