24 dezembro, 2007

De pé, pelo divinal amor sentir o ano inteiro

Salvador Dali

De Juliaura Bauer

De pé, Oh vítimas insanas das almas em chama
que as crostas brutas a consciência já consomem
Ergam-se os famintos de amor na terra por si
lanças em riste, que amem, se as ame.
Os demais que se danem, amém, amém.


Gostava das crianças dos outros
A mulher ofendida defendeu da ira
Não retrucava a violência, seguia
Em paz com ele e nos dele pensava
Nascera em estrebaria, na palha
De dar de comer aos bichos...
Foi perseguido como bandido
Espancado feito cão danado,
E só não queria injustiça, o meu bem.
Avareza ou cobiça, escravidão nem!
Amava as pessoas todas como a si.


Não mais servir a senhores vis
Nem senhoris quaisquer mais não
Apenas ser livre e produzir
Para o amor essa nossa oração
Mesmo sem rima me anima
A seguir a internacional canção
Ponta de faca ou maré brava
Não muito me assustam mais não
Sou das muitas pessoas que amam
Ainda que outras eu não queira mais
Se não me querem. Não me aflijo.
Levanto âncora e deixo o cais
A novidade na terra ainda é a paz
Que nunca foi além de bocado
Para juntar feridos e alimentar
... Cavalos.
Acredite se lhes falo!



Em verdade, em verdade é que vos digo!
Nem se parecia comigo, eu mulher sem fé!
Ele um homem, com tanta, mas um homem!
Que homem! Ai, ai, ai que amor de homem!
Filho de uma santa, sempre dizem, até.

Se essa era uma forma de a ele chegar,
Eu que nunca deixei de amar alguém do bem
A meu mais puro e lindo amor cheguei.
E, por certo, como cinco vem após dois e dois.
Não vou deixar para depois.
Terá de ser agora! E, já!


Amai-vos umas pessoas às outras e dai de tudo
Que tendes a quem não ainda tiver, por razão
Qualquer sem esperar em troca, a vantagem.
Quer dizer: dê! Doe-se! Não vai doer não!

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