07 dezembro, 2007

Infame!


de Juliaura Bauer










Há diferença profunda do amor
A que me entrego com quem queira
E apaixonada deito e rolo e arranho
Da profanação desse meu templo por estranho
Não consta ainda haja trepanação de crânio.
A douta demente não percebeu quem doida era,
Ela, a famigerada fera togada.
Embevecida de si, empanturrada de fel.
Na sala às seis, em provável hora feliz
Manda pôr uma outra nua em pelo em cela
Douta, sois má, muito mais que apenas louca.
Não cogitou fosse gente, megera infeliz!
Humana à vossa semelhança, meritíssima excelência.
Que devesse ser aprendiz de meretriz,
Madalena desencontrada de Cristo
Puta que merecesse castigo infame
Antes de juízo injustificada sentença
Tem razões de classe para o proceder
Para enfurnar num pelotão brutal de machos
Mulher quase menina e a deixar currar
Por turnos, por dias, por mês.
Se uma vez pensou, deve ter sido:
Aquela peste aprenderá
Com quantos paus a canoa se fará.
---
Os demônios todos a aguardam,
Se não a encontre antes a improvável justiça.

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