29 setembro, 2008

Falta poesia à decadência do império

Santas burras estatais
não deixam mal
os capitalistas.
Superpateta,
salva o mundo deles!

Rezem, povo
Rezem, bobos
Farinha pouca
Primeiro o pirão
Do patrão.
De novo...




Havia até ontem certo tipo de gente cujos restos inda devem andar sussurrando, arrastando correntes e abanando lençóis brancos por aí, que arrostava um sem número de argumentos para sustentar as enormes vantagens e qualidades de um sistema de produção sem o estado.
Melhor: com um estado mínimo.
Era o máximo ouvi-los perorar pérolas e fartarem-se, nos governos, de vender o patrimônio público a preço de chuchu.
Fizeram no Chile, aqui, na Argentina.
Negócio da China não era melhor.
Danavam o couro de gente que piscasse em direção outra, à esquerda, então, mandavam queimar no inferno.
Inculpavam de penas mis o pecado de quem defendesse o estado como apenas indutor da economia e regulador do egoísmo, que contivesse a sanha da concorrência desregrada dos grupos, dos oligopólios, dos monopólios, que o estado era uma invenção que podia domar os bichos mais ferozes da selva da produção se reparasse em alguns preceitos apenas republicanos (igualdade, liberdade e fraternidade, por exemplo, cousa pouca).
E devesse o estado aplicar para o bem público os recursos arrancados em impostos ao povo.
Essa turma, os adeptos do fim da história, diziam, rezavam até, que deixassem as pessoas fazer a livre concorrência pela livre iniciativa...
A vida iria bem por séculos e séculos e muitos aqui e alhures diziam amém às empulhações.
Hoje, tais lideranças esclarecidas e refinadas andam pedinchonas, são terneiros mamões crescidos, leitões cachaços arriados.
Perderam a competência de fantasiar para o povo o que nunca realizaram por si.
Capitalismo sem risco, com dinheiro público.
Capitalismo de estado é coisa malsucedida do passado, gente!
Até Stalin usou e abusou contra os soviéticos a favor de uma concepção de desenvolvimento que passou a quilômetros da idéia socialista, um universo inteiro longe do comunismo.
Antes era Plano Marshall, pra reerguer a Europa destruída.
Esse nem nome pomposo tem.
É salvacionista de quem e de que se a guerra é contra o Iraque, lá no oriente médio petroleiro?
Ah! É para salvar os campeões da democracia e da livre inciativa.
Coisa feia é pregador de ideário de fanfarronice de liberdades tantas correr a se aprisionar nas burras da viúva, sem algemas!
Todos aqui sabem que só paga imposto mesmo os que não têm pra quem repassar na cadeia produtiva.
Os que têm de pagar nas notas fiscais nem pra cadeia vão se não o fizerem e ainda recebem algumas anistias em alguns lugares em pleno terceiro milênio.
Em nome disso, deram os trens todos. As grandes e pequenas minas, salgadas e doces, em montanhas e vales, as beira de cais assim como desde milênios acontece com a prostituição trombeteando que tudo ficaria na santa paz das senhoras elegantes do bordel planetário, porque o estado não mexe bem com isso.
E assim passaram às ganâncias privateiras tantas energias, telefonias, aciarias, parafusarias, estradas, buracarias.
Pela privada deram mão até pra se dizente dono de concessão pública de tevê escancarada ou fechada.
Porcarias compradas, o passivo delas trocado por moeda nova, guardando nas burras do povo a moeda podre, dando de barato incentivos por quase um século para fabricar automóveis, essa idéia suja que foi sacada de Detroit e os detritos espalhados pelo mundo a fora à tripa forra.
Até aviação pegou um refilão.
Se a VASP ficou no chão, a Varig também pode ficar.
Até hoje, mesmo com o Proer, Bamerindus, Econômico e Nacional, falidos, inda sustentam pro labore aqui.

A viúva não quebra porque seus filhos varonis nunca desistem, dizem.
Assistem e assistem.
E agora me vêm os que têm fé de mais, os que têm fé de menos pedir um ajutório já trilionário de dólares novinhos, recém-rodados na guitarra do FED, o banco estatal dos EE.UU, que faz a moeda das finanças do mundo para não quebrarem as pernas dos negocistas da rua dos muros.
Deram todos com a cara nele, em lamentações.
E os crentes já desamparados dos guias ainda pregam que o estado deve ser mínimo (sendo suficiente para salvar os banqueiros e pagar a polícia...) e elevam as mãos para receber o dólar inda uma moeda acreditada no mundo, mesmo que feda.
E créu nos infiéis.
Em fim de festa, os irresponsáveis nem convocaram foguetório terrorista para unir a pátria de canhoneiras.
Vão fazer a trasnferência bilionária na cara, em cores, pela tevê.
Vão lançar já, já bonequinho da crise, pra vender no camelódromo. Agora dele não será a do esperto pateta George.

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